segunda-feira, 14 de julho de 2008

Horta Mandala


Agora, você vai conhecer um sistema de produção que, numa área bem pequena e com poucos recursos, consegue garantir comida e gerar renda. Este é o o modelo de horta mandala, onde os canteiros estão dispostos em círculos e não em linhas retas. Plantam-se verduras, legumes, cereais, frutas, ervas aromáticas , medicinais e flores. Diversidades de plantas atraem diversidades de insetos que polinizam e se autocontrolam. Caminhos devidamente projetados facilitam o manejo, a irrigação e a colheita. Fertilizantes orgânicos repõem os nutrientes e a cobertura morta mantém a umidade e protege sua maior riqueza: o solo.
A Horta Mandala tem diversas vantagens, pois permite o aproveitamento máximo da água e da terra, tem custos de produção menores que os da irrigação tradicional e permite usar áreas bem pequenas. Ela é, portanto, ideal para a agricultura familiar.

Princípios para trabalhar com a Horta Mandala

1. Plantar o máximo que puder, utilizando o menor espaço;
2. Usar o mínimo de energia, para a máxima produção;
3. Promover o envolvimento de toda a comunidade;
4. Nada se perde, tudo se aproveita;
5. Trabalhar com a natureza e não contra ela.


Em Agosto, após as férias, vamos começar a construção da horta mandala, adaptando o espaço disponível , reutilizando e reciclando materiais que temos na escola.

"As possibilidades de cada lugar são infinitas e é a gente que define o propósito, que dá o impulso. Uma vez dado o impulso, a Natureza equilibra e o homem observa e ajusta suas ações pelo retorno recebido da Natureza. Assim, desenvolve-se uma verdadeira parceria de cooperação entre os dois."

Conto com o envolvimento e participação de todos!!

Fontes:
www.primeirasletras.org.br
www.agenciamandalla.org.br
www.globoruraltv.globo.com
www.ecooca.com.br
www.ipemabrasil.org.br
www.embrapa.br

domingo, 13 de julho de 2008

Permacultura na escola

Permacultura é uma nova proposta de ações conscientes e responsáveis para a construção de sistemas humanos sustentáveis. Ela foi sistematizada na década de 1970 pelos australianos David Holmgren e Bill Mollison. Sua proposta está baseada em três princípios éticos:

- Cuidar da Terra: fala do respeito a todas as coisas do planeta, sejam estas vivas ou não. É permitir e incentivar que todos os sistemas vivos possam continuar e se multiplicar. Cuidando dos ecossistemas, das espécies, das águas, dos solos e da atmosfera em todos os momentos de nossa vida, teremos assim um mundo mais saudável por mais tempo. Esse cuidado, esse respeito deve se refletir em nossa rotina diária, com decisões responsáveis, que são atitudes que valorizam a vida, usando recursos de forma adequada não apelando ao consumismo exagerado e ao desperdício.

- Cuidar das Pessoas: é importantíssimo, pois apesar da espécie humana não ser a mais populosa do planeta, é a que mais causa danos e mais rapidamente. Portanto, se ao cuidarmos das pessoas, conseguirmos que todas recebam o básico para suas vidas, teremos um planeta com mais chances de se tornar sustentável. Essas necessidades básicas podem ser abrigo, alimento, tratamento de resíduos, educação, trabalho e relaçães humanas saudáveis.

- Partilhar os excedentes e definir limites para o consumo e reprodução: são atitudes que estão ligadas ao princípios anteriores. No caso da reprodução humana, este princípio nos coloca o desafio da paternidade responsável. E extende-se à reprodução de animais para consumo, que hoje está além do que o planeta pode suportar. Partilhar os excedentes significa redistribuir os recursos que temos além de nossas necessidades, como alimento, dinheiro, tempo, etc… e compartilhar recursos como máquinas e ferramentas de forma cooperativa. Sempre priorizando o fluxo em vez do acúmulo. Definir limites para o consumo é a base do consumo responsável.

Mais informações:
www.ipemabrasil.org.br www.permacultura.org.br
www.permacultura-bahia.org.br
www.permear.org.br
www.setelombas.com.br
www.ecocentro.org
www.cartanaescola.com.br

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dicas ecológicas para suas férias

imagem: Parque da Cidade

Aproveite as suas férias para entrar em contato com a natureza: convide seus pais e amigos, para visitar o Parque Municipal Roberto Burle Marx, mais conhecido como Parque da Cidade.
Tem extensa área verde, ideal para caminhadas e piqueniques, fazendo com que as pessoas se sintam mais próximas à natureza. Animais como capivaras, macacos e garças vivem no parque e podem ser admirados pelos visitantes.

As obras arquitetônicas assinadas pelo arquiteto Rino Levi e o tratamento paisagístico de Roberto Burle Marx formam um dos mais importantes trabalhos da arquitetura moderna brasileira, dando ao Parque da Cidade reconhecimento internacional.

Até o dia 13/07, domingo, visitando o parque, você participa do Revelando São Paulo, que é um evento representado por mais de 70 cidades paulistas, oferecendo aos visitantes variado artesanato e farto cardápio com pratos da cultura popular e apresentações de grupos culturais e folclóricos.

Outra dica para as férias é participar do Programa Alimente-se Bem, no Sesi, São José dos Campos, tel. 3936-2611. O programa tem como objetivo integrar saúde, boa alimentação e economia por meio do aproveitamento integral dos alimentos. Suas aulas práticas ensinam a preparar café da manhã, almoço e jantar sem desperdício. O curso é gratuito e você ainda adquire um livro de receitas do programa.


Programa CIEE de Educação a Distância para estudantes


Alunos em férias escolares podem aproveitar as horas livres para realizar cursos gratuitos de ensino a distância do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

Mais informações: ciee.org.br

terça-feira, 8 de julho de 2008

Prêmio Minha Comunidade Sustentável

A Revista Carta na Escola em parceria com a Ação Educativa, premiará projetos de sustentabilidade que promovam o desenvolvimento da escola e de sua comunidade. O objetivo do prêmio é viabilizar financeiramente projetos sustentáveis que contribuam para a construção de soluções ambientais na comunidade local.

Em termos práticos, podemos citar o exemplo da Oficina de Sabão, criada no Projeto Mão na Terra, onde reaproveitamos o óleo de cozinha para fazer sabão ecológico. Além de oferecer a possibilidade de coleta desse óleo o sabão gera fonte de renda , aprendizado para os alunos e melhoria na qualidade das águas.

As inscrições se encerram em 29 de agosto de 2008.

E aí, vamos participar?

Mais informações : www.cartanaescola.com.br

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Afinal, o que é Educação Ambiental?

imagem: corbis

Podemos entender Educação Ambiental como um conjunto de ensinamentos teóricos e práticos com o objetivo de levar à compreensão e de despertar a percepção do indivíduo sobre a importância de ações e atitudes para a conservação e a preservação do meio ambiente, em benefício da saúde e do bem-estar de todos.

O conceito defendido por Frijot Capra vai mais além: ele aponta que a alfabetização ecológica oferece uma estrutura para que nela seja baseada uma reforma escolar. E se entendermos reforma escolar como um conjunto de atos e teorias que busquem reforçar a imagem do homem como parte integrante do meio ambiente, percebendo e compreendendo seus processos, “vidas”, redes e ciclos, estaremos no caminho certo para realizar uma das mais importantes revoluções comportamentais da história da humanidade.

Seja qual for a definição, o mais importante é criarmos e aperfeiçoarmos condições para aumentar a consciência do indivíduo ou do grupo na sua relação com o ambiente e os recursos naturais.

Pensar e transmitir ações e atitudes que tenham a harmonia como ponto de relacionamento com o meio ambiente indicam uma postura de percepção de que somos integrantes e participantes desse fantástico conjunto natural de seres, organismos e elementos. E quando atingimos essa percepção é um sinal de que o nosso equilíbrio interior está em sintonia com as energias que regem a Teia da Vida.
Fonte: fichário d@ EducadorAmbiental vol. 1 / ano 1 / julho - agosto 2008

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Prêmio Jovem Cientista

Pesquisar é construir conhecimento. Em um mundo veloz e complexo como este em que vivemos, há muito o que pesquisar. E de muitas formas diferentes. De maneira geral, podemos dizer que toda pesquisa envolve a busca científica de soluções para um problema. O Prêmio Jovem Cientista - Categoria Ensino Médio - propõe que alunos do Ensino Médio, com o apoio de seus professores, pesquisem e busquem, nos livros, nos jornais, na Internet, nas bibliotecas e, sobretudo, na própria comunidade, soluções para os problemas pertinentes ao tema sugerido para esta edição: "Educação para Reduzir as Desigualdades Sociais". As inscrições para o XXIII Prêmio Jovem cientista foram prorrogadas para o dia 08 de Agosto de 2008, não deixe de participar e não deixe para as ultimas semanas para enviar o seu trabalho. Mais informações: http://www.jovemcientista.org.br

terça-feira, 1 de julho de 2008

TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Michèle Sato


Esse tratado, assim como a educação, é um processo dinâmico em permanente construção, deve portanto, propiciar a reflexão, o debate e principalmente maior consciência de conduta pessoal, assim como harmonia entre os seres humanos e destes com outras formas de vida.

Para sociedades sustentáveis e responsabilidade global

1 - A educação é um direito de todos, somos todos aprendizes e educadores.

2 - A educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, não formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade.

3 - A educação ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações.

4 - A educação ambiental não é neutra, mas ideológica. É um ato político, baseado em valores para a transformação social.

5 - A educação ambiental deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar.

6 - A educação ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e interação entre as culturas.

7 - A educação ambiental deve tratar as questões globais críticas, suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico. Aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente tais como população, saúde, democracia, fome, degradação da flora e fauna devem ser abordados dessa maneira.

8 - A educação ambiental deve facilitar a cooperação mútua e eqüitativa nos processos de decisão, em todos os níveis e etapas.

9 - A educação ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a história indígena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, lingüística e ecológica. Isto implica uma revisão da história dos povos nativos para modificar os enfoques etnocêntricos, além de estimular a educação bilíngüe.

10 - A educação ambiental deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, promover oportunidades para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a condução de seus próprios destinos.

11 - A educação ambiental valoriza as diferentes formas de conhecimentos. Este é diversificado, acumulado e produzido socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado.

12 - A educação ambiental deve ser planejada para capacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana.

13 - A educação ambiental deve promover a cooperação e o diálogo entre indivíduos e instituições, com finalidade de criar novos modos de vida, baseados em atender as necessidades básicas de todos, sem distinções étnicas, físicas, de gênero, idade, religião ou classe.

14 - A educação ambiental requer a democratização dos meios de comunicação e seu comprometimento com os interesses de todos os setores da sociedade. A comunicação é um direito inalienável e os meios de comunicação de massa devem ser transformados em um canal privilegiado de educação, não somente disseminando informações em bases igualitárias, mas também promovendo intercâmbio de experiências, métodos e valores.

15 - A educação ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis.

16 - A educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos.

Cantar o tratado para o reencantamento do mundo...