segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feliz 2010

Imagem: corbis
O Projeto Mão na Terra, através das diversas atividades desenvolvidas durante o ano, procurou mostrar que cada um está ligado a um estilo de vida e, conseqüentemente, o meio ambiente sofre os impactos dessas ações.
É importante perceber que essas atividades colaboram para a formação de pessoas conscientes do meio em que vivem. Para isso, faz-se necessário que essas ações sejam constantes, acessíveis, vinculadas à realidade local e abordadas na forma mais concreta possível, pois os alunos aprendem muito com o que vivenciam e com todas as oportunidades de experiências às quais têm acesso. Portanto, os objetivos foram alcançados, mas também trouxeram-nos a certeza de que há muito trabalho a ser feito para criar a mudança e o comprometimento tão necessário para um mundo sustentável.
Para quem nos acompanhou, colaborou e acreditou no projeto, nosso respeito e gratidão.

Agradeço a Grande Força Criadora do Universo por mais um ano e
Que o espírito da Paz se espalhe em todos os lugares. Feliz 2010 e até o próximo post!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Cuidado essencial

Limpeza dos canteiros da horta
Marcar com linhas onde as sementes serão colocadas Plantar na profundidade certa Participação Trabalho Voluntário
Tomates
Hortelã Graúda - Plectranthus amboinicus
Propriedades medicinais: Antibacteriana, antifebril, antiinflamatória da boca e garganta, anti-séptica bucal e da garganta, antitussígena, balsámica. Indicações: asma, bronquite, coriza, dor de cabeça, dor de ouvido, gripe, inflamação no colo do útero. Parte utilizada: Folhas frescas.
Fonte: Plantamed
Pimenta Cambuci
Manjericão (Ocimum basilicum L., Lamiaceae)
Na medicina popular, suas folhas e flores são utilizadas no preparo de chás por suas propriedades digestivas e tonicas, freqüentemente utilizadas em tratamento de enjôos, vômitos e dores de estômago. São indicados ainda para problemas respiratórios e reumáticos. É também usado na culinária popular, em saladas, recheio, molhos, sopas.
Fonte: IAC SP
Consorciação de culturas
Aloe Vera - Babosa
Nativa da África, a babosa, Aloe vera (L.) é uma planta de ambiente seco e clima quente que não tolera solos encharcados, muito usada na medicina popular. Mais informações sobre cultivo: Embrapa

"Só o cuidado, transformado em paradigma de compreensão e de atuação e articulado com a solidariedade e a responsabilidade poderá salvar a vida, a espécie humana e o planeta Terra. Sem ele não há paz nem alegria de viver." Leonardo Boff

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mapas sociais: Lugar onde vivo

O aluno se expressa pelas imagens que constrói no seu cotidiano. O mapa não é apenas a percepção  visual, mas relação de pertencimento  com o lugar vivido.

A conquista do lugar como conquista da cidadania
O imaginário e as representações da vida cotidiana; o significado das coisas e dos lugares unindo e separando as pessoas.
O lugar como espaço vivido mediato e imediato dos homens na interação com o mundo.
O mundo como uma pluralidade de lugares interagindo entre si.
A cidadania como a consciência de pertencer e interagir e sentir-se integrado com pessoas e lugares. A segregação socioeconômica e cultural como fator de exclusão social.
O drama do imigrante na ruptura com o lugar de origem tanto do campo como da cidade. Para ter eficácia, o processo de aprendizagem deve, em primeiro lugar, partir da consciência da época em que vivemos. Isto significa saber o que o mundo é e como ele se define e funciona, de modo a reconhecer o lugar de cada país no conjunto do planeta e o de cada pessoa no conjunto da sociedade humana. É desse modo que se podem formar cidadãos conscientes, capazes de atuar no presente e de ajudar a construir o futuro.”
Milton Santos

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sementes da amizade

Essa semana chegaram mais cartinhas dos alunos do Profº Rogério da Escola Municipal João Brasil, Niterói, Rio de Janeiro.
É sempre uma festa a entrega das cartinhas...
Concentrada, Josiane lê a carta da nova amiga.
Na horta os alunos colhem sementes de alfazema
e erva doce para responder as cartinhas cariocas.
A princípio, a ideia era trocar sementes cultivadas nas hortas das duas escolas, incentivando o cultivo orgânico e conscientização sobre a correta utilização dos recursos naturais e preservação ambiental, mas percebemos que essas trocas também impulsionam o desenvolvimento da leitura, escrita e interpretação. Alguns alunos têm muita dificuldade de se expressar por meio das palavras. As cartas se tornam um grande estímulo para que eles desenvolvam essa habilidade.
Depoimentos dos alunos
A troca de sementes é uma experiência sócio-ambiental, um novo tipo de aprendizagem via comunicação, que liga duas escolas com alunos diferentes de lugares diferentes que, por sua vez, deixaram suas diferenças de lado para se comunicar. Perto do fim do ano, chegando a formatura, os alunos da Escola Dinorá vivenciaram uma experiência que outras escolas ainda não têm. É mais um ponto positivo para a nossa escola, nossa aprendizagem e nossa horta.
Douglas Aliki
“Este ano escolar de 2009 foi muito bom para mim, a Professora de Geografia fez uma atividade muito bacana, nos dando a oportunidade de conhecer mais gente e outros lugares. Ela nos incentivou a escrever cartas e trocar sementes com uma escola no Rio de Janeiro na cidade de Niterói e todos os alunos da 8ºA participaram dessa atividade extraordinária. Quando os alunos da escola do Rio de Janeiro nos respondem e nos mandam sementes nós vamos na horta e plantamos as sementes, é uma diversão só.”
Suelen Baena de Sousa
Trocar sementes com nossos amigos cariocas foi uma forma de vivenciar outras práticas possíveis para que os modelos econômicos, políticos e sociais sejam repensados e reconstruídos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Harmonia na horta

Alguns alunos, quando visitam a horta, ficam surpresos ao encontrar verduras crescendo junto às ervas medicinais e flores. Afinal, nossa cultura aprendeu a separar as plantas de um jardim daquelas que são próprias para uma horta.
No entanto, apesar de aparentar visualmente uma grande confusão, é justamente esta união que cria o equilíbrio dinâmico tão procurado no cultivo das plantas.
O importante é ter diversidade de espécies, plantas de diferentes tipos, famílias e hábitos. Diversidade gera equilíbrio e assim ocorre menor infestação de pragas e doenças. Além disso, quanto mais diversificada for a nossa horta, maior será a variedade de produtos e nutrientes oferecidos. Assim, plantamos:
Flores: para embelezar e aromatizar nossa mandala. Também atraem insetos e pássaros que ajudam no controle biológico.
É bom plantar espécies com flores pequenas como as margaridas, salsinha, erva-doce e plantas com cores fortes como a zínia.
Ervas Medicinais e Aromáticas: além do uso na medicina popular, fornecem chás e servem como repelentes de alguns insetos.
Verduras, legumes e frutas: além de alimentos, ajudam na composição e manutenção da horta, seja no controle natural de doenças, ou ciclagem de nutrientes, adubando a terra.
Plantas fornecedoras de nutrientes: são os adubos verdes.

Se retiramos constantemente verduras, legumes e ervas da horta, precisaremos repor os nutrientes que a planta absorveu da terra. Por isso, plantamos, feijão guandu, mucuna preta e girassol.
É incrível, quanto mais apreciamos a beleza da natureza , mais beleza descobrimos.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tempo de plantar, tempo de colher....

Na maioria das vezes, nós nos alimentamos do desconhecido! Não sabemos de onde vêm os legumes e verduras que compramos e nem as condições em que foram cultivados. Plantar nos aproxima dos alimentos que nos nutrem pois conhecemos seus ciclos e qualidades nutricionais.
Cultivar alimentos orgânicos na nossa horta vai além do cultivo de produtos sem agrotóxicos, é manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais (água, plantas, animais, insetos, etc.), conservando-o e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos.
Brassica oleracea L. var. gongylodes
A couve rábano é rica em vitaminas A e K, em biotina e ácido fólico, bem como magnésio, cálcio e selénio. Metade de uma couve rábano é o suficiente para cobrir as nossas necessidades diárias em vitamina C. A parte mais utilizada na alimentação é a redonda que cresce à superfície do solo e pode confundir-se com uma raiz. Ela é mais saborosa quando é colhida jovem. Caso contrário fica dura e fibrosa. As folhas verdes são comestíveis e preparar-se como a couve. A parte redonda é também muito apreciada quando ralada em saladas, tal como a cenoura. Tem um sabor que lembra a avelã.
Cyphomandra betacea (Solanaceae)
Conhecido como tomate-de-árvore ou tomate francês, é originária da América do Sul. É de porte arbustivo alcançando entre 2-3 m de altura. Não tolera seca prolongada e propaga-se por sementes e estaquias. Tem um aspecto muito semelhante ao do tomate, embora o sabor seja diferente. Rico em vitamina A o fruto é usado no preparo de saladas, geléias e sucos.
mandioca (Aipim ou Macaxeira)
A mandioca é um alimento bastante energético, contém, ainda, razoáveis quantidades de vitaminas do Complexo B, principalmente Niacina e minerais como o Cálcio, Fósforo e Ferro participam da formação dos ossos, dentes e sangue. A cultura da mandioca é tipicamente tropical é está ligada à própria história do Brasil. Embora seja pobre em proteínas, a mandioca tem sido consumida no Brasil desde a época da Colônia. Usada de diversas maneiras, como no preparo de pães, farinha, cuscuz, polvilho ou como acompanhamento de outros pratos, principalmente carne. Cuidado, há variedades de mandioca, chamadas "bravas" cujas raízes, quando ingeridas cruas ou mesmo cozidas, podem provocar intoxicações.

Confrei (Symphytum officinale L.)

O Confrei é calmante e cicatrizante. Suas folhas e raízes agem como cicatrizantes nas contusões e ferimentos. Pode ser usada como forrageira, pelo alto teor de proteína e pela excelente produção de massa verde.
Atenção:
O confrei teve seu uso por via oral proibido pelos órgãos governamentais de saúde de quase todos os países ocidentais, embora seu uso local como cicatrizante seja permitido e estimulado. Apesar das evidências, existem controversas quanto à dosagem necessária para um efeito tóxico.

Romã (Punica granatum)

A romã é fruta exótica e milenar. Existem registros de restos da fruta em túmulos egípcios com mais de quatro milênios. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo, pois acredita-se que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. É uma planta que se adapta a climas tropicais e subtropicais, até nos semi-áridos. É propagada por sementes, mas como tem polinização cruzada, pode dar tipos diferentes. A propagação vegetativa por estacas lenhosas é fácil, bem como por alporquia. O fruto pode ser consumido ao natural, ou como sucos e geléias ou vinho chamado “grenadine”. Há um xarope feito do suco. Como a casca contém 30% de tanino, pode ser usada para curtir couro. Tem propriedades terapêuticas e é usada na medicina popular.

Abobrinha

Colhida e consumida ainda verde, a abobrinha tem casca macia e é composta de aproximadamente 94% de água, o que a torna um dos vegetais com menores taxas calóricas: uma xícara de abobrinha crua fatiada, por exemplo, possui cerca de 20 calorias apenas. Versátil e saborosa, a abobrinha é muito usada na nossa culinária, consistente, mas de fácil digestão, ela traz nutrientes como a niacina (que auxilia o metabolismo) e vitaminas A, C, complexo B e folato.

Dica: Quando for preparar a abobrinha, evite descascá-la, pois é ali que fica a maior parte de seus nutrientes. No máximo, raspe a casca com uma faca para tirar partes machucadas.