terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tempo de plantar, tempo de colher....

Na maioria das vezes, nós nos alimentamos do desconhecido! Não sabemos de onde vêm os legumes e verduras que compramos e nem as condições em que foram cultivados. Plantar nos aproxima dos alimentos que nos nutrem pois conhecemos seus ciclos e qualidades nutricionais.
Cultivar alimentos orgânicos na nossa horta vai além do cultivo de produtos sem agrotóxicos, é manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais (água, plantas, animais, insetos, etc.), conservando-o e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos.
Brassica oleracea L. var. gongylodes
A couve rábano é rica em vitaminas A e K, em biotina e ácido fólico, bem como magnésio, cálcio e selénio. Metade de uma couve rábano é o suficiente para cobrir as nossas necessidades diárias em vitamina C. A parte mais utilizada na alimentação é a redonda que cresce à superfície do solo e pode confundir-se com uma raiz. Ela é mais saborosa quando é colhida jovem. Caso contrário fica dura e fibrosa. As folhas verdes são comestíveis e preparar-se como a couve. A parte redonda é também muito apreciada quando ralada em saladas, tal como a cenoura. Tem um sabor que lembra a avelã.
Cyphomandra betacea (Solanaceae)
Conhecido como tomate-de-árvore ou tomate francês, é originária da América do Sul. É de porte arbustivo alcançando entre 2-3 m de altura. Não tolera seca prolongada e propaga-se por sementes e estaquias. Tem um aspecto muito semelhante ao do tomate, embora o sabor seja diferente. Rico em vitamina A o fruto é usado no preparo de saladas, geléias e sucos.
mandioca (Aipim ou Macaxeira)
A mandioca é um alimento bastante energético, contém, ainda, razoáveis quantidades de vitaminas do Complexo B, principalmente Niacina e minerais como o Cálcio, Fósforo e Ferro participam da formação dos ossos, dentes e sangue. A cultura da mandioca é tipicamente tropical é está ligada à própria história do Brasil. Embora seja pobre em proteínas, a mandioca tem sido consumida no Brasil desde a época da Colônia. Usada de diversas maneiras, como no preparo de pães, farinha, cuscuz, polvilho ou como acompanhamento de outros pratos, principalmente carne. Cuidado, há variedades de mandioca, chamadas "bravas" cujas raízes, quando ingeridas cruas ou mesmo cozidas, podem provocar intoxicações.

Confrei (Symphytum officinale L.)

O Confrei é calmante e cicatrizante. Suas folhas e raízes agem como cicatrizantes nas contusões e ferimentos. Pode ser usada como forrageira, pelo alto teor de proteína e pela excelente produção de massa verde.
Atenção:
O confrei teve seu uso por via oral proibido pelos órgãos governamentais de saúde de quase todos os países ocidentais, embora seu uso local como cicatrizante seja permitido e estimulado. Apesar das evidências, existem controversas quanto à dosagem necessária para um efeito tóxico.

Romã (Punica granatum)

A romã é fruta exótica e milenar. Existem registros de restos da fruta em túmulos egípcios com mais de quatro milênios. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo, pois acredita-se que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. É uma planta que se adapta a climas tropicais e subtropicais, até nos semi-áridos. É propagada por sementes, mas como tem polinização cruzada, pode dar tipos diferentes. A propagação vegetativa por estacas lenhosas é fácil, bem como por alporquia. O fruto pode ser consumido ao natural, ou como sucos e geléias ou vinho chamado “grenadine”. Há um xarope feito do suco. Como a casca contém 30% de tanino, pode ser usada para curtir couro. Tem propriedades terapêuticas e é usada na medicina popular.

Abobrinha

Colhida e consumida ainda verde, a abobrinha tem casca macia e é composta de aproximadamente 94% de água, o que a torna um dos vegetais com menores taxas calóricas: uma xícara de abobrinha crua fatiada, por exemplo, possui cerca de 20 calorias apenas. Versátil e saborosa, a abobrinha é muito usada na nossa culinária, consistente, mas de fácil digestão, ela traz nutrientes como a niacina (que auxilia o metabolismo) e vitaminas A, C, complexo B e folato.

Dica: Quando for preparar a abobrinha, evite descascá-la, pois é ali que fica a maior parte de seus nutrientes. No máximo, raspe a casca com uma faca para tirar partes machucadas.

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