"E as hortas são também coisas boas de se tocar. Sentir o capim molhado, enfiar a mão na terra... Se você tiver a felicidade rara de ter uma agüinha que escorre e cai, você terá uma das experiências mais calmas que se pode ter. Ouvir o barulhinho da água. Ele trará memórias ou fantasias de regatos escondidos no meio do mato, correndo entre pedras, fazendo crescer o limo verde. E aí você enfiará seus pés dentro dela. Difícil um prazer igual pela tranqüilidade, pela pureza, pela profundidade. Porque a água nos reconduz às nossas origens." (A Horta, Rubem Alves)
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