Carqueja - Pobreza do solo, compactação superficial
Antes de combater uma planta que consideramos "invasora", deve-se considerar o seguinte: cada planta que aparece espontaneamente é um ecótipo, que significa uma planta que se sente bem naquele local e encontra todas as condições lhe permitem crescer e se multiplicar. Portanto, é uma planta que indica algo, uma planta indicadora. Pode indicar uma condição física como, por exemplo, terra dura, como o fazem o capim-seda ou a guanxuma. Pode indicar a falta de algum mineral nutritivo, como o fazem o nabisco ou o nabo-brabo no trigo, avisando que falta boro e manganês. Pode indicar a acidez da terra, como o sapé-macho ou o mãe-de-sapé, que indicam um pH ao redor de 4,5.
Assim, cada invasora indica alguma coisa; basta interpretar a mensagem.
Na natureza nada existe sem alguma razão. Tudo faz sentido!
Antes de combater as invasoras temos de perguntar: elas prejudicam a nossa cultura? Há plantas nativas que somente cobrem a terra, protegendo-a. Não prejudicam ninguém. Por que não conviver pacificamente com elas?
Fonte: Agricultura Sustentável - Ana Primavesi, 1992
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