terça-feira, 29 de junho de 2010

Domesticação da Mandioca

Evidências obtidas em testes de DNA e estudos arqueológicos apontam a origem e a domesticação da mandioca (Manihot esculenta) em uma região que compreende os estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso há cerca de 10 mil a 12 mil anos. O gênero Manihot é constituído por 98 espécies, sendo que 80 delas ocorrem no Brasil, 12 no México e o resto na América Central e do Norte.
Com a tecnologia de DNA estabeleceu-se que a mandioca cultivada é derivada de uma única espécie que seria o seu ancestral, denominada Manihot esculenta ssp. flabellifolia. Pesquisas arqueológicas feita numa região da Amazônia, na fronteira entre Brasil, Bolívia e Paraguai indicaram que, em torno dessa região, foi encontrada a planta que deu origem à mandioca há cerca de 10 a 12 mil anos e, com isso, o início da domesticação pelo homem.

As culturas indígenas, que fizeram da mandioca a sua base alimentar, ajudaram na domesticação de plantas que na atualidade podemos identificar como sofisticados processos biológicos e bioquímicos de grande utilidade na agricultura moderna.
Rica em amido, constitui um alimento energético para mais de 500 milhões de pessoas no mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento, onde é cultivada por pequenos agricultores, em áreas reduzidas e com baixa produtividade. Além do amido, contém razoáveis teores de vitaminas do complexo B, principalmente a Niacina, que estimula o apetite, promove o crescimento e conserva a saúde da pele. Sais minerais como o Cálcio, o Fósforo e o Ferro, que participam da formação dos ossos, dentes e sangue, também estão presentes nessa raiz.

Os índios têm um jeito próprio de preparar os alimentos, que podem ser cozidos, assados ou defumados . As frituras não têm muito espaço no cardápio. Para cozinhar, é usado um fogão feito com pedaços de madeira da roça. Pelo menos duas vezes ao dia, as mulheres indígenas se reúnem para compartilhar seus alimentos com os outros habitantes da aldeia. Funciona assim: cada uma leva a comida feita na sua casa. As pessoas sentam-se em um grande salão e esperam com o prato na mão, enquanto os jovens da comunidade passam distribuindo a comida. É uma demonstração de união e solidariedade, além de ser uma forma de garantir que todos possam comer daquela comida.
Fonte: FAPESP , EMBRAPA Imagens: Juliane 1ºEM D

Nenhum comentário: